Bom, não sou de fazer críticas sobre músicas ou filmes, mas devo dizer que existem momentos em que expressar sua opinião é mais do que necessário. Digo isso porque tive uma recente percepção do cinema do meu país que preciso deixar clara no meu blog. Acho que já disse em algum post sobre a dor de cabeça que é ir ao cinema hoje em dia, afinal de contas gastar mais de vinte reais no ingresso, na pipoca e no refrigerante não é a coisa mais legal do mundo, nem mesmo sair do cinema tonto por causa do 3D e sem entender pacas da história do filme. Porém, no início de outubro percebi que o cinema brasileiro se supera quando resolve fazer filmes com enredos realistas e nada convencionais. Ao ver a continuação de “Tropa de elite” – além de me impressionar ainda mais com meu querido descodifiador profissional Wagner Moura – comecei a admirar, com todas as letras, a nossa indústria latina. Muito mais complexo que o primeiro filme, “Tropa de Elite 2” é todo trabalhado num naturalismo que mostra da forma mais transparente possível como anda a situação do nosso estado, ou melhor, do nosso país. A exímia atuação de André Mattos como uma “representação” do Wagner Montes e o miliciano Rocha são toques brilhantes no “Tropa 2”. E descrever a perfeita atuação do Moura é algo desnecessário. Uma obra chocante, obscura e totalmente genial – sem tirar nem por.
(Testudo ou não, Wagner arrebenta!)
No dia 12/11 fui novamente dar meu incentivo aos cineastas brasileiros e assisti “Muita calma nessa hora”, produzido por Felipe Joffily e com grandes colaborações artísticas no roteiro. Na minha opinião, o filme poderia ter sido melhor. Devo dizer que o visual é ótimo e que a trilha sonora é sensacional (a presença dos mineiros do Jota Quest é simplesmente perfeita), mas falta alguma coisa… No fundo, a história é muito interessante – dessas que pode ser eternizada num livro. Os atores – na maioria mulheres – dão conta do recado. Marcelo Adnet dá uma graça inexplicável ao viver um mauricinho paulista viciado em eletrônicos. Algo que merece destaque no filme é o fato do Sérgio Mallandro não soltar nenhum “yeah yeah” ao viver um tatuador distraído. Como já disse, o filme não é tãaao maravilhoso, mas dá pra garantir boas risadas e uma boa “reflexão feminina” ao sair do cinema. Alguns personagens tiveram duas ou três falas no máximo, como o já querido Bruno Mazzeo, que falou o tradicional “Não é nada disso que você está pensando”. Ah, quem puder prestar atenção na micro-mini participação do Marcelo Tás, por favor, mande um comentário. (Sem nenhum salcifufu!!!)
E é isso. Daqui a pouco vem alguma crônica. Descodifiquem-se.
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