Laço que se fez com o piscar dos olhos
Não mais se desfaz por coisa de nada
Nem que um vulcão entre em erupção
Nem que eu me queime com sua larva
Cores que saíram da imensidão
Se tornaram curvas de puro pó
Assim como eu, olhando pro céu
Pensando no dia em que eu me fiz num nó
Cantarolando o rolar das pedras
Me desfazendo no branco violão
Pensando em tudo que quero fazer
Quando encontrar meus pés no chão
Entre a lua e a minha cama
Faz-se um belo punhado de distância
Faz-se o sol em cores de esperança morta
Mas a lua ilumina a menteE conjuga o cerrar dos meus olhos
Serenando suavemente
O brilho dos sonhos que envolvem seu rosto no meu...
E as cores se perdem
Numa zonza imaginação
Só enxergo o preto e branco
A caminho da escuridão
Só o breu me aparece
Me tentando com atentação
E cobrando uma explicação
Pro meu destino inquieto.
Não me deixe acordar...
Nathalie Gonçalves.
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