quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Luz.

Todos sabem que o verbo desse blog é DESCODIFICAR. Muita gente ainda me pergunta o motivo desse blog levar esse verbo a sério... Por vezes explico que o meu lema é manter a ideia da simplificação humana, das coisas que nos deixam felizes. E para ser feliz, é preciso ter alguém por perto para que haja um momento perfeito. E na noite do dia 11 de agosto, eu me senti a mais descodificada das criaturas. "Nathalie, foi só um show!". Não, foi bem mais que um show, acreditem. Foi algo que nem eu sei dizer direito o que foi. Só sei que "fez o meu planeta estremecer", que "desarmou meu coração, me deixou zen, me fez perder o chão".
Boa parte dos que me conhecem sabe que um dos meus maiores sonhos foi ir a um show do Jorge Vercillo. Essa grande parte também sabe como sou chata por causa deste homem, afinal de contas são nove anos de "dedicação" ao cara que sempre descodificou minha vida. Dá pra lembrar da primeira vez que o ouvi... Na casa da minha tia, ouvindo "Apesar de Cigano" (e a música nem é dele!), senti que aquele cara era bem mais que uma voz bonita que eu estava ouvindo. Em uma semana, já era fã número um. E foi algo que se estendeu por longos e maravilhosos anos... Uma música pra viajar (não sabia chegar em Arraial do Cabo sem pensar em "contraste", "praia nua" ou "do jeito que for"), outra pra noite (as noites do litoral sempre acionavam "quase" ou "suspense" no meu pensamento), outra pra passar uma tarde entediante na minha casa (qual tarde ensolarada que sobrevive sem "celacanto"?), pras manhãs frias a caminho da escola ("fênix" forever!), pra dançar no meio da sala (ah, "signo de ar"...), pra enxugar as lágrimas ("paralisa com seu olhar..."), pra entender que eu precisava de um namorado ("em órbita há dias por você..."), pra relaxar num dia de sol ou de chuva ("se carece de definição, me sinto leve...")...
Ah, Jorge já batia ponto como descodificador profissional na minha vida. E quem disse que ele não me deu amigos? Fez com que eu e minha mãe ficássemos mais unidas ainda, através de suas canções... Conheci pessoas bacanérrimas, como a Déborah, a Vanessa, a Pri... Por vezes, sua voz me acolheu como um pai, um amigo, um irmão... Nunca me senti sozinha, basta uma canção para que tudo melhore, tudo fique iluminado.
E nessa noite de quarta-feira, quando eu vi aquele homem munido do tradicional violão branco passar pelos refletores azuis... Jurei ser a pessoa mais descodificada do universo. Mesmo com o problema do som no início de "Ciclo", foi lindo ver como seus olhos brilhavam sem cessar. Podem me chamar de idiota por postar esse momento, mas devo garantir que até agora foi a melhor experiência da minha vida. Ctrl+C, Ctrl+V, por favor!
É por isso que digo que esse cara é bem mais que um ídolo. É uma luz, uma fonte de inspiração... Um lucro absurdo de vida e prazer, uma forma de alcançar o infinito... Ah, não sou boa em fazer descrições desse tipo.
E pra imortalizar...

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