segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Escrever

Escrever é muito difícil, meus caros. Escrever sobre qualquer coisa pede bem mais que “traquejo com as palavras”. Exige inspiração, respiração, transpiração e muita, muita guerra interna. E quando digo “guerra interna”, quero dizer que devemos lutar contra os nossos próprios conceitos para expor o que sentimos através das letras. É preciso ter coragem, força de vontade, luz e muita, mas muita paciência. Não é uma questão fisícia ou estética. É uma questão mais profunda, mais complicada do que parece. Aliás, a questão não é saber escrever bem: é saber colocar as ideias de forma organizada e iluminada numa folha de papel. Não é coisa para Parnasiano, Poeta ou Novelista. É coisa para gente grande, de mente aberta e cheia de rebeldia. Aliás, o que move a escrita é a rebeldia. Ora, com rebeldia não há contradição: há descodificação, há entendimento, há “acerto de contas”.

Escrever é para todos, mas por ser algo tão universal, torna-se muito exigente. O universo é exigente por ser extenso e cheio de histórias. Escrever sua própria história requer suor e profundidade. Não requer palavreado difícil, nem mesmo “luz própria”. Requer firmeza, certeza e verdade. Requer liberdade. Muita liberdade.

Escrever é isso. Não é preciso ter marca, estilo ou selo de autenticidade. Basta sentir e deixar que os códigos façam o seu trabalho. Quem descodifica? Ah, isso é trabalho para o coração. Essa é  a verdade.

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