segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O amor.
O amor. Bicho desvairado, famigerado, gerado pelas piores sensações humanas e alienígenas. O amor. Cercado pelo desejo, pela dor e pelo prazer em sentir dor. Motivo de lágrimas, perseguido por sorrisos bobos e idiotices que se mostram fundamentais. O amor. Feito de palavras melosas, de verdades torturantes e infamidades que invadem as entranhas como o seu cunhado invade o seu sofá sem a menor piedade. Insensato, cheio de seu próprio vazio, coberto pelo que há de mais singelo e de maior. O amor. Aquele que não se decide, que se enche de si mesmo, que se descobre, que se desdobra, que sufoca, que merece e faz ser merecido, aquele que nasce e desse mesmo nascer torna-se imortal. O amor. Tolice, tortura, domínio, escolha, render-se, castigar-se, insultar-se, viver e nunca morrer. O amor. A face mais real, mais sensata, mais nua, mais natural. O amor descodifica.
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