sábado, 17 de abril de 2010

Renato russo (prometii)

Olá. Lembro-me de ter prometido publicar o texto sobre Renato Russo. Promessa é dívida, né???

É muito difícil falar sobre um poeta. Alguém que fala por si só, alguém que já se define sem precisar de extras. É muito difícil falar sobre alguém que já monta suas palavras, suas melodias, alguém que marca tantas vidas sem nos dar chance de expressas nossos sentimentos. Alguém que parece mover montanhas com sua doçura encontrada lá no fundo da sua originalidade, alguém que muda o mundo mesmo sem querer.


Ouvi dizer em algum lugar que Renato Russo é uma lenda. Pra mim, as lendas só existiam em filmes ou seriados americanos, aquelas superproduções cheias de dragões e mocinhos que tiram o sangue dos vilões. Então pensei: como alguém pode ser uma lenda? Um simples cantor, compositor que dizia o que pensava de forma tão simples e objetiva? Como alguém que se dizia um “trovador solitário” podia ser lendário?

Fui pesquisar sua vida. Procurei seus ideias, seus registros, suas palavras, suas melodias, suas opiniões... Renato parecia ser um cara incomum. Uma cara que dentro de sua normalidade parecia surtar. Um cara que vivia seus anseios, que vivia suas experiências através de suas canções, de seus poemas. Alguém que respirava suas ideias, que não queria mudar o mundo, queria apenas caminhar de tarde e deixar a onda bater sobre seus pés. Um cara simples, sem nenhum luxo, sem nenhuma “estrelice”. Uma pessoa que não se enquadrava nos padrões da sociedade, simplesmente porque não fazia questão. Era simpático, humilde, dono de suas verdades. Não possuía nenhuma beleza incomum, nenhum charme exótico. Por fora, era um pacato solitário; mas por dentro, conseguia ser muito mais. Por dentro, Renato era incansavelmente constante. Alguém que vivia pra pensar, sem pensar em viver, não se importava com esse tipo de pensamento. Nas suas palavras, na sua voz marcante, na sua melodia suave, ele mudava opiniões, erguia novas estradas, construía pensamentos e teorias, criava novas gerações.

Hoje entendo porque chamam Renato de “lenda”. Como já disse no começo, é muito difícil definir um poeta por medo de cometer deslizes ou exageros, mas para Renato encontra-se a definição correta. Ele sim é lendário, é extraordinário. Ele era a mente que vivia de coração, era aquele que acreditava no que fazia mesmo sem ter grandes ambições. E podem aparecer novas gerações, novos ritmos ou até invasões de novos verbetes nos dicionários, mas o que Renato Russo disse prevalecerá em todas as épocas, todos os tempos. Sim, Renato era um trovador. Trovões de aflição, de angústia, de simpatia, de aconchego, de saudade, de emoção, de novas experiências, de sarcasmo, de luz, de inteligência, de esperança. Falem o que quiser, mudem o que tiver que mudar, inventem o que for preciso, mas nunca se esqueçam: o que é pra sempre sempre acaba, mas o que é eterno nunca muda, sempre marca.
 
      
 
 
 
 
N.G.M.
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, tá aí meu texto. podem guardar, mas não se esqueçam de mim, hein!!!!!
 
Beijos e bom fim de semana.
Descodifiquem-se.

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