domingo, 18 de abril de 2010

Às vezes...

    Às vezes sinto tudo dentro de mim. Sinto as cores, sinto as estradas, sinto o tempo que vejo correr quando sonho com algo bom. Às vezes me amo, me odeio, me quero por perto ou nem suporto me ver no espelho. Ás vezes sou um redemoinho, um monte de pedras frias e encolhidas, um carinho esquecido por meia-dúzia. Ás vezes penso em querer voar, penso em largar meu destino em mãos alheias, penso em correr pra abraços partidos. Ás vezes agonizo na calmaria distante, no passo desenfreado, na luz que assombra o que vira cinza. Ás vezes encontro o frio, o arrepio, ou simplesmente o calor da chuva que molha minha roupa sem dó nem piedade. Ás vezes me sinto sozinho, tento fugir do que sinto, do que sou de vez em quando. Ás vezes me sinto um "pobre nobre", um "nobre-pobre", um alguém com um quê de qualquer. às vezes mergulho no mar, mergulho no céu, e me resolvo: mergulho em mim mesmo.
                   Nathalie Gonçalves. 

(Imagem extraída do Facebook de Celso fonseca)

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