terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Medos e bocejos

2 horas da manhã. Nos meus dedos, o frio teclado digital do tablet - frio porque não sinto a profundidade do teclado do computador, sinto apenas uma tela que ficará manchada pelas minhas digitais. Já bocejei, já despertei, já bocejei de novo e dou meu mindinho do pé para não despertar mais uma vez. De repente, dei pra pensar nos meus medos, tão exaustivos e superficiais - como eu.
Tenho medo de ver o dia amanhecer. Não que eu não goste do sol, pelo contrário. Não gosto é de perceber que encarei dois ou mais dias seguidos sem sonhar durante a noite. Uma sensação de que atravessei o tempo. Ou seja, um medo poético - pura frescura.
Não, não tenho medo de avião. É só não tocar mamonas dentro do bicho que eu fico bem. Simples assim.
Meu maior medo no momento? De elevador. Não gosto de caixas - nem que sejam de sapato. Não que eu seja claustrofóbica, mas a possibilidade de ficar presa em um lugar escuro entre um andar e outro não é nem um pouco legal. Mas preciso superá-lo, afinal não quero ser uma adulta problemática. Com os pensamentos ligados no modo madrugada, imagino que, a qualquer momento e em qualquer lugar, posso ficar presa e no escuro - não só em elevadores. Aliás, eles não tem culpa de nada, são bichos tão inteligentes quanto aviões ou computadores - a maluca sou eu. Pronto, o medo virou solidariedade.
Tenho medo de insetos. Qualquer animal que voe me preocupa - até mesmo pilotos imbecis. Digo isso porque sei que eu pudesse voar, faria merda. Imagine um animal mil vezes menor que eu? Bom, ainda bem que Deus não deu asas à cobra. Melhor assim.
Tenho medo de brigas. Qualquer briga. Morro de medo de quem desliga o motor da consciência e joga merda no ventilador. De quem não sabe usar a matemática do bom senso e não mede suas palavras. Seres humanos nervosos são piores que bombas nucleares.
Tenho medo de outras coisas que o sono não me permite lembrae. Mas medos são tão ridículos... assim como a vida, cartas de amor e redes sociais. Ruim com eles, pior sem eles. Será?
Não despertei. Acho que vou arrancar meu mindinho e oferecê-lo a Morfeu.
(Ouçam summer breaze, jason mraz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário